Nesse momento, eu não sabia se tirava foto, cantava ou tinha um infarto |
Gravei na memória o olhar que ela me lançou enquanto falava sobre como queremos saber tudo acerca da vida de nossos ídolos, mas não buscamos compreendê-los para chegar a um conhecimento acerca de nós mesmos. Eu apenas balançava a cabeça em silêncio e depois concluí que concordo com exatamente cada uma de suas palavras. Os nossos ídolos nos revelam e representam as pessoas que somos e as bagagens que carregamos.
Morrissey é meu artista mais amado e não acho que exista outra banda no mundo que tenha traduzido tão bem essa leva de gente presa na melancolia, nas memórias e na constante insatisfação (sim, me incluo totalmente) como Smiths. E agora, pensando melhor, acho que não foi por causa dele que gastei o dinheiro que não tinha com passagens e ingresso. Não foi por ele que eu - tão preguiçosa das pessoas e da cidade - frequentei um pré-carnaval com sorriso no rosto e um monte de cerveja a ser vendida. Nem foi por ele que viajei ao Rio de Janeiro sem saber direito onde iria dormir. Foi por mim. Para mim. Para me ouvir e me reconhecer ali, na voz e no jeito ranzinza daquele charmoso senhor de 52 anos.
Eu sou muito Morrissey. Muito Morrissey mesmo.
A música com a qual presenteio vocês é "I Know It's Over", uma canção que toca todo dia no meu quarto e que lembra de como fui feliz naquele nove de março. Lembro dos meus olhos lacrimosos, do meu coração acelerado e me pergunto como eu não morri naquele dia.
p.s.: gostaria de dizer que toda essa fantástica aventura de juntar grana, pegar um avião e cantar junto com Moz não foi sozinha. Foi uma aventura no plural, que eu cantei e conjuguei com a Keh e mais um monte de gente linda que quis segurar nossas mãos.
Eu sou muito Morrissey. Muito Morrissey mesmo.
A música com a qual presenteio vocês é "I Know It's Over", uma canção que toca todo dia no meu quarto e que lembra de como fui feliz naquele nove de março. Lembro dos meus olhos lacrimosos, do meu coração acelerado e me pergunto como eu não morri naquele dia.
p.s.: gostaria de dizer que toda essa fantástica aventura de juntar grana, pegar um avião e cantar junto com Moz não foi sozinha. Foi uma aventura no plural, que eu cantei e conjuguei com a Keh e mais um monte de gente linda que quis segurar nossas mãos.
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