terça-feira, 30 de agosto de 2011

Resenhando: Picaresque - The Decemberists

Hey Guys, esse final de semana me deu uma vontade de falar de um álbum que me conquistou há um tempo atrás. É o Picaresque, de 2005 , a banda que fez essa obra de arte são os caras geniais do The Decemberists.
É uma banda estadunidense. Praticamente todas as músicas deles têm personagens e a sonoridade da banda varia de acordo com o personagem! Isso que acho mais impressionante, eles tem batidas bem rock, outras muito folk, passeando por muita coisa nesse meio caminho, tentando combinar com o personagem, sem falar da voz sensacional para cantar que Colin Meloy tem.
Tudo começa, com uma música triunfal, com uma batida energética, que nos lembra uma marcha e quando entra a banda, a sonoridade vem nos lembrar um desfile real, primeiro tinha imaginado um desfile indiano, mas depois fui atrás e vi estava ligada a uma antiga princesa espanhola. Já falei do meu fraco por violinos? Caso não, os primeiros 10 segundos da abertura de “We both go down together” me conquistaram instantaneamente e eu já amava a música, apesar da história triste meio Romeu e Julieta e como em quase toda música desse albúns, logo imaginei eles caindo, as gaivotas passando e as almas voando no final!
Entrando numa parte um pouco mais animadinha, entramos em “Sporting life” e é outra que adorei de cara! Além da batida até um pouco dançante, meio estilo southern rock, meio folk, o que é mais impressionante é como Colin conseguiu de fato entrar na cabeça de um jogador e colocar na música exatamente tudo que eu pensaria se fosse um jogador que me contundisse no meio do jogo, demais! “Bagman’s Gambit” começa devagar, mas à medida que a história ganha emoção, assim entra a bateria pulsando e a guitarra dando seus gritos na hora certa e trazendo grandes viradas. Passando por “From my own true love” ,que tá meio deslocada mas, possui um lindo solo de gaita! Chegamos na última da parte mais felizinha “16 Military wifes”. Mais uma vez o instrumental combinou perfeitamente com a música, que parece ser tocada por uma banda militar, tanto pelo ritmo como pela sonoridade, outro ponto que merece destaque é a capacidade de criticar os EUA e suas milhares de guerras, a cultura atual falando da tv e ainda fazer uma música muito boa!
E entrando em uma parte mais densa, “The engine driver” é minha favorita do álbum, a intro dela no violão é poderosa, apesar dela ser uma música mais cadenciada e entre as batidas do violão há uma belíssima melodia do violino. Mas o que fez tudo isso mais que especial, foi à letra, sabe quando você escuta a música certa, no momento certo da sua vida? A última estrofe e o refrão são muito cativantes e dão vontade de olhar pro céu e cantar.

“The Mariners Revenge Song” é o mais puro resumo dos Decemberists, um personagem interessante, uma música combinando com ele e a voz dando alma a tudo isso! Foi a grande música do álbum, o grande sucesso, com a batida meio marinheiro meio pirata que adorei, virou também um símbolo da banda, eles sempre a tocam em shows e todos amam, por que é cheia de energia e eles incorporam os personagens, só checar no youtube pra entender!
“Of angels and angles” não dá o fim épico que teria com mariners revenge, mas deixa um final muito belo, com um som meio Belle & Sebastian.
Peoples sei que esse é um álbum meio complicado e nem tão carismático assim, mas vim compartilhar com vocês a beleza que ele é e a genialidade que há por detrás dele, então se maravilhem escutando ele várias vezes!

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