As
dificuldades na elaboração de uma lista como essa começam aqui, no primeiro
parágrafo, onde eu tenho que falar algo que apresente, justifique e faça
parecer que a lista tem, pelo menos, coerência.
To
com bloqueio criativo, espera.
[30
minutos depois]
Certo,
vamos fingir que nada disso aconteceu. Minha lista foi elaborada, de certa
forma, como uma retrospectiva musical da minha própria vida. Não escolhi
as músicas que todo mundo já ta cansado de ver nos blogs e fórums. Escolhi
aquelas que tiveram importância pra mim.
Acho
que essa música é quase um hino do Indie Rock.
Johnny
Marr compôs uma das mais belas guitarras que já ouvi. A música descreve um
cotidiano que parece comum até para pessoas que vivem realidades diferentes.
Há
uma década atrás, eu era um jovem skatista na escaldante Fortaleza. Naquela
época, a trilha sonora era “maneira”, mas não era leve (se ligou no trocadilho?
rá). Conhecia o som do Deftones desde o final dos anos 90, quando a dita “mídia
especializada” começou a inventar aquele negócio de “new metal”, argh.
Mas foi só entre 2001 e 2002 que a banda passou a figurar entre as minhas
preferidas. Ganhei um exemplar do álbum “White Pony”, que considero o melhor da
banda até hoje. O disco trazia uma faixa interativa com fotos, um vídeo
curtinho da banda tocando “Elite” em estúdio, e o mais curioso: um game no
estilo pacman, onde o jogador controlava um cavalinho branco em meio a labirintos,
com o objetivo de recolher notas musicais enquanto fugia das cabeças famintas
dos cinco integrantes da banda, ao som de “My Own Summer” executada em 8 bits.
“Back To School” é a música de abertura do disco e uma das minhas preferidas
até hoje pelo que ela representou na minha não tão distante adolescência. Skate
and Destroy!
O
Silverchair foi uma banda que sofreu várias injustiças. Em seu início, com os
álbuns Frog stomp e Freak Show, a banda era criticada por quem acreditava que
eles fossem uma versão australiana do Nirvana.
Em
Neon Ballroom, a banda entrou em uma crisálida, passando a compor músicas com
arranjos mais elaborados, como “Emotion Sickness” e “Black Tangled Heart”, até
que em 2002, o álbum “Diorama” foi lançado, mostrando a nova cara do
Silverchair. “Across the Night” é a música que pode resumir essa história.
Atualmente, Silverchair encontra-se em “hiato por tempo indeterminado”.
Não
dá pra negar a forte presença da crítica (social ou política) na música dos
Manic Street Preachers. O “Kevin Carter” que dá nome à música foi um famoso
fotógrafo que, após anos de trabalho cobrindo conflitos e a problemática da
fome no continente Africano, foi premiado com um Pulitzer, porém, afundado em
depressão, acabou por cometer suicídio. Composta pelo também suicida Richey
James Edwards, a música é uma bela homenagem póstuma.
O
Genesis é uma banda que, se desconsiderarmos a parada entre 1999 e 2006, já
chega aos 44 anos de existência, tendo sido os anos 70 e 80 sua época mais
produtiva. “In The Cage” é uma autêntica música de rock progressivo, com
teclados complexos e vários “atos” que fazem parecer que tem duas ou três
músicas dentro de uma só. Vale lembrar que Genesis é a banda preferida de
Patrick Bateman (Psicopata Americano), então, não mexa comigo.
09 – The Cardigans – Fine
Não
sei o que acontece de especial na Suécia, mas alguém tem que fazer um estudo
para comprovar que as melhores bandas de rock vêm de lá e não da Inglaterra ou
dos EUA. O maior exemplo da qualidade das bandas suecas é o Cardigans. Ouvindo
“Fine” dá pra entender do que estou falando.
Sabe
quando você tem muita raiva, muita raiva mesmo? Pois é, acho que os caras do
Superguidis também sabem. “Raio que o parta” é a música perfeita pra você
mandar alguém “pro diabo que te carregue”.
07 – The Pretenders – Back On The Chain Gang
Acho importante colocar The Pretenders nessa lista por ter sobrevivido a algo que, em outro caso, poderia ser considerado uma lavagem cerebral. Em 2008, enfrentei uma viagem de avião que durou mais de 10 horas, e tudo o que eu tinha para escutar era a “Rádio Tam nas Alturas”. “Back On The Chain Gang” tocava a cada 15 minutos, fato que me permite deduzir que ouvi a música aproximadamente 40 vezes em um mesmo dia.
Damon
Albarn e Graham Coxon afinados no amor. Essa é a melhor música do Blur,
em minha opinião.
Muita gente já deve ter se encontrado repetindo
baixinho “give it away, give it away, give it away now”. Oh yeah!
Numa
distante realidade, a internet não era popular e mp3 players simplesmente não
existiam. Foi nesse contexto que fui apresentado ao Stone Temple Pilots,
enquanto assistia o programa “Alto-Falante” (um dos poucos espaços na tv aberta
a dar espaço à música boa). De lá pra cá, muita coisa mudou. A banda acabou, a
banda voltou, a banda lançou disco e a banda tocou no Brasil. A única coisa que
não mudou foi o fato da banda continuar foda!
Preciso
explicar o motivo de estar na lista? É Beatles!
Tinha
que colocar uma música do The Cranberries aqui por dois motivos: primeiro, é
uma das bandas de maior respeito na história do rock. Você pode até não saber,
mas conhece uma ou mais músicas deles; segundo, a primeira vez que toquei em
conjunto, foi uma música deles. “Ridiculous Thoughts“ é a música que merece
estar nessa lista por vários motivos. A letra fala da frustração de Dolores com
a mídia, que constantemente levantava boatos sobre sua vida pessoal ou sobre a
banda. Mas o que mais me chamou a atenção nessa música foi o clipe (ou os
clipes).
Com
direção de Samuel Bayer (o cara por trás de “Smells Like Teen Spirit”), o vídeo
original mostrava a banda como parte da trupe de um circo meio “freak show”,
com direito a “homem com pele de borracha” e “a maravilha sem cabeça”, além de
um rodeio de macacos. Isso tudo, alternando com imagens de um jovem Elijah Wood
perdido em angústias. Apesar do fato de que eu acho a idéia fantástica, a banda
não gostou muito e preferiu tirar o negócio do circo e substituir por imagens
de uma tour pela América do Norte. Foi chato, mas a gente tem que respeitar o
artista, né? Fazer o que? A música é boa e pronto!
Nota:
no show da banda em Fortaleza, em 2010, passei mal justamente nessa música. Me
sentindo juvenil, inventei de assistir o show no que, supostamente, era a área
da “Pista Premium”, apertado por uma multidão e submetido a um calor absurdo.
Precisei ser socorrido pela Sara (@ms_sg).
01 - Radiohead - Idioteque
Pra polemizar, escolhi uma música que não tem guitarras. Rá!
Pra polemizar, escolhi uma música que não tem guitarras. Rá!
eeeei como assism idioteque? .-.
ResponderExcluirRealmente pra polemizar!! rsrsrsr
Ei não conhecia a Pavement *-* amei demais!! caramba!