segunda-feira, 29 de março de 2010

Mombojó e a Juventude Fortalezense

Duas da manhã na Praça Verde do Dragão do Mar, irreconhecível graças à enorme estrutura, que envolvia todos sob um teto branco, e as cadeiras de plástico espalhadas pelo gramado. O show está uma hora atrasado e já se ouve as palmas do público, pouco em número, mas com espírito de multidão em estádio de futebol. Lá na frente do palco, no meio, se destaca um grupo: jovens que, à primeira vista, não devem ter atingido os 18 anos, com figurinos que se perdem no limbo entre o indie, o emo e um cover do Fresno. De repente eu percebo que estou mesmo tendo crises de velhice prematura e aquela é a Juventude Fortalezense.
 
***
 
Uma palavra sobre Fortaleza: nós somos uma cidade, até certo ponto, sem horizontes (mesmo com esse mar todo). Na verdade, todo mundo que conheço que anda nessa cidade há  uns seis anos ou mais está completamente cansado dela. Três, no máximo quatro, lugares para se ir onde encontramos absolutamente todo mundo. É sério. Uma olhada no mapa e enxergamos a cidade-arquipélago: um punhado de ilhas cool cercado por oceanos de periferias anônimas. Não sei se Fortaleza tem uma “cena”, mas com certeza tem um circuito. Feito aqueles autoramas.

E não tem pra onde fugir, quem faz isso da cidade somos todos nós.
 
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Agora, sobre a Juventude de Fortaleza. Você os reconhece em qualquer lugar: seres sociais (só andam em grupos) e abraçativos, antenados com a haute-culture pop e a nova modinha das pistas. Presos entre rádios ruins, televisão péssima e uma identidade cultural que parece se resumir a falar putaria e dançar forró, esses intrépidos jovens buscam sua identidade e escapatória na antropofagia cultural. Devoram um pouquinho de cada estilo produzido pelo mundo. Estatisticamente, são 50% indies, 50% wannabe, 50% rockers e 50% emotivos. Também são (somos?) adeptos da cultura do quase: quase-cinéfilos (“Juno é o filme da minha vida!”), quase-literatos (“Caio F. toca meu coração!”), quase-melômanos (“Amarante é o melhor guitarrista do Brasil!”).

Assim sendo, podemos dizer que a Juventude Fortalezense é vítima do mesmo mal que matou o punk-rock: cultura de nicho. Afinal, porque fazer seu próprio som, montar suas próprias festas, perfurar seu próprio piercing de mamilo quando a Indústria Cultura está aí pra isso, produzindo música independente, roupas descoladas, cultura underground? Pois é.
 
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Meu Deus, acho que acabei de criar um estereótipo. Que emoção. (#EuTambemSouJornalista)
 
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Voltando para o Mombojó, os caras tiveram ótimos momentos no palco. É o quarto show da banda que assisto em Fortaleza e com certeza foi um dos melhores (perdendo só pro primeiro). Marcelo XXX liberou o botão das distorções e deixou o peso das guitarras encorpar muitas das canções, entre outras pequenas e saudáveis alterações de arranjo, talvez inevitáveis depois de quase 9 anos de estrada. “Casa Caiada”, aliás, única música nova tocada, ganhou uma relevância inédita com uma turbinada rock’n’roll empolgante. China, que cantou duas músicas antes de pegar o bastão com Felipe e mandar uma de seu próprio repertório, foi um auxílio luxuoso que só me deu mais vontade de ver um show solo do cara. A interação com o público foi total, todas as pequenas deixas em canções como “Adelaide” foram apropriadas e cantadas alto pelos presentes, além da participação especial do nosso amigo Dançarino Contemporâneo que, com o aval de Felipe S., coreografou duas canções do show (o que merece um post aparte), até o apoteótico final com levas de fãs subindo ao pequeno palco e terminando a noite com a sempre catártica “Deixe-se acreditar”.

foto: Keka ou Vivi ou Márcio

Na verdade, esse deve ter sido um dos shows mais fáceis da carreira do Mombojó. A banda já subiu no palco com jogo ganho, com direito a coro mais alto que a banda e tudo o mais. E por isso a apresentação foi tão sintomática. O Mombojó, aparentemente, ocupou o lugar que já foi de bandas como Los Hermanos e Teatro Mágico: algo entre o pop e o indie que congrega paixões e obsessões da Juventude Fortalezense. Porque esse Juventude não consome música, mas a devora, digere ao seu modo e a vomita como identidade (dá-lhe Baudrillard).

Claro que isso não é uma coisa necessariamente ruim. É só uma constatação. Entre o experimentalismo da colcha de retalhos rítmica e a veia pop de canções facilmente auto-identificáveis, o Mombojó tornou-se uma das grandes bandas nacionais. E a experiência de assistir uma apresentação dos caras ainda é algo que beira o terapêutico; afinal, quem não vê a si mesmo na letra de “Realismo Convincente” ou sente uma estranha satisfação gritando a plenos pulmões (como em “A Missa”) que “todo mundo vai morrer”? E assim a banda entra naquele estranho limite adolescente onde religião e música se misturam das formas mais extremas. Me pergunto o que isso significa.
 
***
foto: Keka ou Vivi ou Márcio
 
Mas daí veio o final do show. Montes e montes de fãs invadiram o pequeno palco à frente do palco principal e, contrariando os guardas e mesmo o cantor, pularam gritaram, cantaram e quase derrubaram a estrutura toda. De repente (porque não existe outra maneira de sentir uma coisa assim) acho que tudo o que pensei e escrevi até aqui é pura bobeira. Ou não. De qualquer forma, muda a pergunta: será que o problema está  com a Juventude Fortalezense ou com a Velha Guarda?
 
***
O que, você leu até esse ponto esperando alguma conclusão? Então escreve uma, ué, e deixa aí nos comentários.  

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por Márcio Moreira

19 comentários:

  1. 1 - Grande demais. Nem jornal tem tanto texto pra reviw de show :p
    2 - Puxou o saco dogrupo. Crítico tem q falar é mal :p

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  2. Só discordo do que diz respeito à qualidade do show. Fui a 3 dos 4 (só me ausentei no ponto.ce) e achei que o som desse último tava muito ruim. Não consegui ouvir a intro engraçadinha de "Faaca" (sei nem se teve), nem a guitarra Surf Music de "Deixe-se Acreditar". E também me estranha a ausencia do Marcelo Campello, que é estranho, paradão, mas é um talento.

    Cara, estamos velhos MESMO. Concordo com 99,9% do que tá escrito aí.

    Vou até selecionar as passagens que mais me chamaram a atenção.

    "...jovens que, à primeira vista, não devem ter atingido os 18 anos, com figurinos que se perdem no limbo entre o indie, o emo e um cover do Fresno. De repente eu percebo que estou mesmo tendo crises de velhice prematura e aquela é a Juventude Fortalezense."

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    "Não sei se Fortaleza tem uma “cena”, mas com certeza tem um circuito. Feito aqueles autoramas."

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    "Estatisticamente, são 50% indies, 50% wannabe, 50% rockers e 50% emotivos. Também são (somos?) adeptos da cultura do quase: quase-cinéfilos (“Juno é o filme da minha vida!”), quase-literatos (“Caio F. toca meu coração!”), quase-melômanos (“Amarante é o melhor guitarrista do Brasil!”)."

    ___________


    Virei fan!

    aeiuhaeuiae

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  3. tem razão, agora vou criticar seu comentário.

    que merda, hein? podia nem ter lido o post. aliás, o senhor como comentarista dá um ótimo trocador de toppic. e se jornal tivesse razão em alguma coisa, não tava aí perdendo espaço pra blog.

    passar bem. XD

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  4. trocador de toppic é ótemo! hauhauhauauhauhauha o vitor ainda tem preguiça de ler.

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  5. Vou treplicar com a resposta irespondível:

    Blá Blá Blá Whiskas Sache.

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  6. Na verdade, Vitor, oito entre dez gatos preferem Friskies.

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  7. Por favor, esclareça:

    "Devoram um pouquinho de cada estilo produzido pelo mundo. Estatisticamente, são 50% indies, 50% wannabe, 50% rockers e 50% emotivos."

    200%? Hã?

    Concordo também. Aliás, nem sei se me encaixo em algum desses grupos.

    "Meu Deus, acho que acabei de criar um estereótipo. Que emoção. (#EuTambemSouJornalista)"

    Isso foi uma alfinetada na questão do diploma? #ofendi

    E não comento Mombojó porque não conheço :P #admite

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  8. Meu Deus, Isabel, 200% é uma piada! Assim como boa parte do texto...

    E a alfinetada foi no jornalismo cultural dessa minha Terra do Sol, que consegue comparar comédia romântica com filmes do Truffaut.

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  9. concordo com o esteriótipo, mas acho que dá pra ser um pouco mais condescendente: tratam-se de adolescentes. ou não?

    ok, tenho 22 anos, mas, graçadeus, apesar de não ser um adulto completo(risos), me assustaria sim olhando pra trás. acho que é mais do que normal se tornar uma caricatura em um período tão troncho, em que você não é nada ainda, mas tem que ''forjar'' uma identidade. sim, porque ainda não é possível tê-la, mas há a necessidade. natural que saia uma caricatura.

    não que esse seja o caminho único e o de todos, mas creio que não precisa ser um fim. i hope not.

    de qualquer forma, bem legal o texto, voltarei mais vezes aqui.

    bises!

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  10. o texto ficou muito bom ao meu ver. um dos únicos que li por completo do Márcio sem ter preguiça. e amei as edições das fotos!

    sobre a banda, achei o show um dos mais introsados e animados. mesmo com pouco tempo pra mais repertório e não gostando de algumas adaptações. sempre é muito bom vê-los tocar no palco e em nossos corações #óquelindo

    "E não tem pra onde fugir, quem faz isso da cidade somos todos nós."

    concordo plenamente. quem faz o ambiente ser bom ou ruim somos nós e nosso maldito humor que oscila de segundo em segundo.

    mas tenho minha opinião formada sobre essa tal de "juventude". acho que aqui tudo é moda, até ser jovem. por isso prefiro minha velhice precoce!

    o que não suportei e me tirou a vontade de curtir o final do show foi o ato "rebelde sem causa" dos jovens alí presentes. e com o apoio da banda ainda por cima. tudo bem o dançarino e uns ou outros subir no palco e descer, mas irresponsabilidade e desrespeito já poderia ter saído de moda. Aposto que o China não gostou de levar latinha quase na cara no outro show (tanto que abandonou o palco cedo cedo) assim como eu e outras pessoas também não gostaram de serem empurradas e amassadas por quem queria subir ao palco. #prontofalei

    mas é isso aí, o bom é que o implosão sonora tá bombando! ha!

    será que alguém vai ler isso? o vitor eu sei que não. hehehe! beijos!

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  11. perfil do dançarino hahaha

    http://www.orkut.com.br/Main#Profile.aspx?origin=is&uid=3235960786947680555

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  12. Rapaz, engraçado demais que comentei um dia desse com a keka que tinha uma amiga "teen" e disse que ela era complicada e perguntei se 3 anos atrás a gente também era complicado assim, claro que a resposta foi um sim sem pensar duas vezes.
    Faz parte da adolescência ser um ser complicado e qual o bom de ter 15,17 anos sem poder ser rebelde? dizer que o mundo é uma merda ( quando sempre há coisas muito positivas) sem ter aquele imediatismo de "It's my life" do bon jovi quando se diz "It's now or never i ain't gonna live forever" , bon jovi que foi um dos meus icones teens #falomesmo!
    Claro que não defendo vandalismo, vandalismo é diferente de ser rebelde, por mim você pode gritar o mais alto possível que o mundo é uma merda, que político fulano de tal não presta, que músico tal é louco, contanto que não parta pra violência ou invasão de privacidade.
    O problema de Fortaleza é ser uma cidade dominada pelo forró chato, daí por questões econômicas não tem muitos cantos "alternativos", mas pessoal, lembrem-se que podia ser muito pior, há cidades grandes, como por exemplo natal que não conta com um dragão do mar para salvar os "pobres coitados" que não curtem o mega pop forró.
    Quanto a estereótipo, é bem complicado, tipo na tua adolescência tu acaba copiando algumas coisas daqueles que são teus "ídolos" e o "quasismo" vêm naturalmente, você não pode ser tudo, mas você quer ter um pouco de tudo, não sou cineasta, mas gosto de um bom filme, tecer minhas críticas, não sou músico, mas adoro ficar caçando novas bandas, dizer o que me agrada, o que não, não sou escritor, mas sou chegado naquele livro bem escrito, não sou futebolista mas adoro ver, comentar e também esculhambar jogos/times de futebol e assim por diante. O que não acho legal é você entrar de cabeça num movimento sem saber o que ele é, ah vão se f... esses "viadinhos" que se dizem "emos" só por que tem a m... de uma franja, uma calça colada, um piercing e se reune com sua tribo "fake emo" pra ir pra praça portugal, praticamente nenhum sabe a origem do termo e muito menos a filosofia básica do movimento, que não tem nada com roupas coladas, franjas e chorar por aí! Ou então também aqueles grupos de garotões forrozeiros de 14, 15 anos que nunca foi pra um forró ¬¬... ufa desabafei, foi mal.
    E não comento Mombojó porque não conheço :P #admiti [2]
    por fim o problema de fortaleza e de quase todo canto no mundo não é a jovem ou a "velha" guarda isolados, são todas as pessoas dentro desses grupos que possuem "Personalidade midiática", não tem criticidade própria pra dizer o que é e por que o é , ou seja são personalidade mutantes que mudam de acordo com os programas de TV, as músicas da rádio ou aquele filmezinho que tá rolando.
    #viu por que demorei pra postar? =p agora leiam TUDO hahahaha!

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  13. assim como já foi dito e rebatido, a juventude dessa cidade é uma droga, concordo. a rede de televisão local entope a cabeça dessas pobres crianças com lixo, assim como a internet. é por isso que existem tantas bandas cine, fresnos da vida. como márcio disse: "fortaleza tem um circuito" e é verdade. por exmeplo, pense agora nesses pontos:

    - benfica
    - bnb
    - dragão
    - ponte metálica

    tenho certeza que vcs sempre viram as mesmas pessoas no mesmo lugar, não é? e a maioria curtia/curte as mesmas coisas? o problema é que fortaleza é um ovo de codorna cheio de gente com cabeça oca e fazem questão de seguir a tendência do momento.

    claro que já fui uma delas. já gostei daquela cantora skatista que eu achava mó descolada, na época. mas ja passou, graças a deus. aí, conheci o povo de recife. e foi legal. e depois comecei a escrever no blog. e é mó legal. acho que estou fazendo minha parte no planeta! hauhauahuhaha

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  14. Sabe num tenho esse repúdio que vocês tem da juventude não, a não ser por algumas fotos minhas que hoje julgo que eu tava horripilante. Tipo gostava muito de bon jovi, avril, green day, biquini cavadão, capital, até simply red e etc, claro que curtir malhação por um tempo e não quero esconder isso de ninguem não, aquilo me deu muita diversão e momentos bons e se não fosse por eles, hoje com certeza não seria o mesmo. Afinal, como você pode saber que uma banda é boa se você nunca escutou uma banda ruim? como você acha um filme sensasional se tu nunca viu um filme paia? ou então como tu pode dizer que aquela série de tv é um lixo se tu nunca viu algo realmente bom?
    Minha adolescencia foi cheia de "modismos" sim e agradeço a eles por agora eu poder ver o quão diferente sou hoje e o quão melhor estou comigo mesmo agora.
    Fortaleza não é um ovo comum, é um ovo de avestruz, o problema é que nós só queremos ( temos afinidade) ficar naquele cantinho separado do resto, por que só naquele cantinho nós sentimos bem.

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  15. esqueci completamente o que ia dizer agora! hihihihi

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  16. Bem me senti um acultura com a difamação da vivi, reclamo mas leio tá

    Depois do post do Ronald posso concluir que ele é emo ^^

    E whatever vocês reclamam demais, reclamaram por mim já. Agora eu só jogava videogame na adolecência então fico no esteriótipo nerd e pronto :P

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  17. hahaha! tava brincanco vitu, ailoviu!

    e sabe de uma coisa? acho que enquanto estamos falando disso aqui, existem mais trilhões de pessoas achando o mesmo de suas cidades. não tem como todo mundo gostar de uma coisa só e só existir os lugares que queremos. então concordo que temos que agradecer por termos pelo menos um circuito, melhor que nenhum. né não? #pontofinal

    :)

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  18. concordo com tanta coisa escrita no textículo do blog e com tantas nos texticulos dos comentários... de fato, existe um circuito de fliperama em fortaleza, mas concordo q tbm nos isolamos porq assim é mais fácil e cômodo. encontra-se todo mundo mt facilmente (e olha q moro no benfica. pra encontrar todo mundo basta botar o pé na rua!). mas não acho que nossas juventudes sejam tão medíocres assim. o nosso circuito fliperama burguês é muito mais limitado do que imaginamos. as juventudes da periferia (para além dos já tão cansados e conhecidos "marginais") fazem muita coisa por lá. muitos, e claro nem todos, são organizados em coletivos muito interessantes e se "intrometem" em muita coisa no circuito fliperama deles. o problema é que não estamos lá, não sabemos, não somos convidados a participar e aí parecem tão pequenos e sem expressão. porque mais uma vez escolhemos o isolamento no nosso abraçativo grupo de cult bacaninhas. #meincluo. e sim, não sou jovem mais mesmo. tenhos meus 33 anos de fortaleza com td q tenho direito, anos 80 fail, rebeldia de verdade fail, mas outras tantas coisas e pessoas que foram ducará! e com certeza, dragão do mar não salva minha vida nunca (só o espaço unibanco qdo tenho grana!). adoro o bar pé-sujo da esquina q bota a música que eu quero e onde tenho conta pro fim do mês e onde ainda posso pensar as rumas de coisa que quero fazer na, com e pela cidade e ainda admirar e me surpreender com tudo que as juventudes como nós e os outros tem feito por aí. #memetiporquedeuvontade

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  19. Adoro cultura de nicho. Sou "de nicho", e reconheço que, no fundo é isso mesmo, todo mundo retém uma certa individualidade, e é bom nos rendermos às amizades que partilham das mesmas individualidades que nós.
    Afinal, tente o gótico se fazer entender pelo forrozeiro. Ou o emo, ser compreendido pelo fã de metal extremo. Não vai dar certo.
    Fortaleza é mesmo essa coisa quente e tosca. E o povo daqui - em termos gerais mesmo - tem o cérebro "muído" (como a banda de forró, com grafia errada mesmo).
    Faço parte desse nicho que sai caçando coisas novas, sonoridades estranhas vindas da Suécia, Inglaterra ou Rio Grande do Sul, por exemplo. Essa cidade é horrível mesmo, mas ainda bem que as pessoas como eu, Keka, Márcio e outras tantas mais, temos nossos "points" para ouvir e dançar a boa música.

    P.S. O tópico bombou porque é bom...

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