segunda-feira, 1 de março de 2010

John Williams, seu compositor favorito desde a infância

Como os filmes são caros e demorados de fazer, Hollywood é sempre a última a saber, a mais lenta a reagir e, nessa época, estava pelo menos meia década atrás das outras artes populares. Por isso, um bom tempo se passou até que o odor acre de cannabis e gás lacrimogêneo chegasse até as piscinas de Beverly Hills e a gritaria atingisse os portões dos estúdios. Mas quando o "flower power" bateu no final dos anos 60, bateu com tudo. Enquanto o país ardia, os Hells Angels desfilavam em suas motos pelo Sunset Boulevard e garotas dançavam na rua de peitos de fora ao som da música do The Doors, que emanava dos clubes da Sunset Strip. "Era como se o chão estivesse em chamas e, ao mesmo tempo, tulipas estivessem brotando", recorda Peter Guber, na época estagiário na Columbia e, mais tarde, presidente da Sony Pictures Entertainment. Tudo era uma grande festa. O velho era sempre ruim, o novo era sempre bom. Nada era sagrado; tudo podia ser mudado. Era, na realidade, uma revolução cultural à moda americana.
(COMO A GERAÇÃO SEXO-DROGAS-ROCK'N'ROLL SALVOU HOLLYWOOD", Peter Biskind)


Foi nesse contexto que surgiu o chamado "cinema de diretores" da década de 70. A Era de Ouro do cinema já se esgotara a muito, filmes para toda a família não atraíam mais os pais que mandavam seus filhos ao Vietnã e as bilheterias caíam vertiginosamente. Assim, Hollywood não teve escolha senão ir além do que os antigos executivos ousavam ir e decidiram abrir as portas para toda uma geração de novos autores, alguns rerém-saídos da faculdade.


Daí saíram diretores como Martin Scorcese, Francis Ford Coppola, Brian De Palma e os inventores do blockbuster moderno, Steven Spielberg e George Lucas. O resto é história: os sucessos de bilheteria capitaneados pela nova geração (cujo ápice foi Star Wars,  produção de 9,5 milhões de dólares e faturamento de 100 milhões em apenas três meses) ajudou a reerguer os grandes estúdios, popularizando conceitos como "filmes de verão", "merchandising" e formatando a indústria atual de cinema.


Porém, um dos participantes fundamentais dessa revolução, pouco citado, nunca esteve atrás das câmeras, mas, sem ele, filmes como Star Wars, Indiana Jones e principalmente Tubarão seriam uma sombra do que são hoje em nossa memória. John Towner Williams compôs a trilha sonora de praticamente todos os filmes de Steven Spielberg, além de ter trabalhado com Lucas, De Palma e muitos outros diretores.





Reza a lenda que George Lucas queria, de início, usar música clássica na trilha de Star Wars, inspirado na Odisséis de Kubrick. Mas, sinceramente, o que seria de Star Wars sem essa canção?





Partindo principalmente de refrões simples e arranjos que evoluem em orquestra, John Williams firmou seu nome como um dos maiores compositores da história do cinema.





De fato, Williams teve seu talento reconhecido na forma de 45 indicações ao Oscar, das quais venceu cinco. Apenas Walt Disney teve mais indicações.





Também foi premiado com 4 Globos de Ouro, 7 BAFTA e 21 Grammys.

 
Apesar de conhecido por suas composições em estilo clássico (gênero no qual tem uma sólida carreira de músico), Williams também compôs muitos temas de Jazz no início dos anos 60  e trilhas sonoras mais leves como Esqueceram de Mim.



  


Além das trilhas citadas no post, Williams também compôs as trilhas de Amistad, Sete anos no Tibet, O Patriota, Stargate, O Resgate do Soldado Ryan, entre outras.




Tenho certeza que, se puxar da memória, todos nós temos quatro ou cinco temas desse mestre engatilhados para o assobio. Se não consegue lembrar, tente este, uma das melhores introduções já compostas.

2 comentários:

  1. Cara, Sir John Willians é demais! muito além de foda, genial e todos esse atributos. Como fã de star wars, repito suas palavras o que serie star wars sem a marcha imperial? Algo tendendo ao esquecimento! há muitos filmes aqui que eu não fazia ideia que tinha sido ele que compôs a música. Impressionante, demais o posto,todos os meus votos a John Willians!

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  2. Sim.. Keka eh essa coco-cola toda!! Pessoa incrível, com um gosto musical peculiar, assim como ela! Admiro-a pra caramba!
    Ingrid rocha

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