1 da manhã de um dia complicado e sou a única pessoa acordada na casa. Estou sentado há umas três horas, escrevendo um trabalho pra cadeira de Publicidade e Multimídia. Eu e aquele silêncio tão profundo que zune nos ouvidos. O que aconteceu aos carros dessa cidade?
Momentos como esse são muito propensos à três coisas: café, existencialismo e Velvet Undergound. Ao fim e ao cabo, não tenho o primeiro, temo o segundo e acabo escolhendo um pedaço do terceiro- Lou Reed. Lou é um cara sisudo, desses malandros cheios da sabedoria da rua que estocam um bom pedaço de desprezo pelo sistema social. Essa sabedoria levou a música da década de 60 alguns anos à frente e influenciou gente como Joy Division e Strokes. Transformer, o álbum que estou ouvindo agora e indico pra você é um tipo de interlúdio em sua carreira, uma inscursão bem medida pelo pop com o qual já flertara com o Velvet no álbum de 1969. Sem deixar-se cair no experimentalismo que caracteriza sua obra, Lou compõe músicas que descem fácil pelo ouvido ("Hangin' 'Round" e "New York Telephone Conversation") até refrões óbvios e repetitivos (Satellite of Love). O resultado é o trabalho de um artista no seu auge de domínio técnico e de composição.
Escrevo enquanto ouço a voz de Lou me contando as coisas da vida. Olho pra tela e pergunto:
Escrevo enquanto ouço a voz de Lou me contando as coisas da vida. Olho pra tela e pergunto:
-E agora?
Lou me encara (ou, pelo menos, o Winamp parece me encarar na tela do pc) e me entrega a resposta:
- Hey, baby, take a walk on the wild side!
por: Márcio Moreira
por: Márcio Moreira
- Hey, baby, take a walk on the wild side!
ResponderExcluircaraaaaaalho como eu adoro esa música!!