terça-feira, 1 de setembro de 2009

Amor, fumaça e sentinelas


Encontramos Roque Moreira por acaso, num palco alternativo da Feira da Música enquanto esperávamos o show da Érika Machado. E foi um encontro memorável.
A banda é piauiense de Teresina, com muito orgulho, híbrida de música regional, hardcore, funk e rock, daquelas que só o Nordeste produz. Aliás, esse é um dos grandes trunfos da Roque. Ao explorar as raízes piauienses ao máximo, os vendedores de cajuína provam que a semente de Chico Science ainda floresce e que a mistura do regional com o global não está, de forma alguma, esgotada. Cantando de amor, fumaça e sentinelas, Daniel Hulk abre seu coração para o microfone numa performance indefinível que tanto podia ser do Wando como de um vocalista de metal melódico. Fazendo a base, a cozinha de Bai Bai (contrabaixo), Arnaldo Pacovan (percussão) e Anderson Canibal (bateria), vão do heartbeat do reggae a uma pancadaria de arder orelha do nêgo. Tudo coroado pela guitarra de Samuel Calango, capaz de dedilhar solos dando cambalhota, como mostrou num dos momentos mais bacanas show.
Apesar de soarem mais calmos no cd, o Conjunto Roque Moreira é daquelas bandas de tocar no baile e balançar o esqueleto, seja ao ritmo cadenciado do forró ou ao bate-cabeça do roque'n'roll (assim, com "qu" mesmo).
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Por: Márcio Moreira (que, mesmo que pareça coincidência, não faz parte do Conjunto)

Um comentário:

  1. bela postagem. Essa banda é realmente fantástica. Mais pessoas precisam escutar esse ritmo.

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