Se pudesse fazer uma cartografia de memórias afetivas, colocaria Fortaleza de 2007/2008/2009 em coloridos contornos. Nunca amei essa cidade, nunca bati no peito e a defendi, nunca disse que era minha, mas, naquele tempo, ela era outra. Era um lugar que se renovava pra mim. Eu quase a amava.
Fortaleza tinha praças nas quais eu marcava encontros com amigos e amantes. Tinha shows das minhas bandas mais queridas da época (as pernambucanas). Tinha surpresas capciosas. Me oferecia novas possibilidades de amores e amigos, de cartas a serem recebidas pelos correios, de universos pessoais desconhecidos. Depois cabou-se. Passou, minhas bandas pararam de aparecer por aqui, quebrei a cara de uns, quebrei a cara com outros. Todo mundo foi embora pra sua própria concha e, de repente, parecíamos ex-amigos esbarrando uns nos outros no corredor da escola, como num filme do John Hughes.
Fortaleza tinha praças nas quais eu marcava encontros com amigos e amantes. Tinha shows das minhas bandas mais queridas da época (as pernambucanas). Tinha surpresas capciosas. Me oferecia novas possibilidades de amores e amigos, de cartas a serem recebidas pelos correios, de universos pessoais desconhecidos. Depois cabou-se. Passou, minhas bandas pararam de aparecer por aqui, quebrei a cara de uns, quebrei a cara com outros. Todo mundo foi embora pra sua própria concha e, de repente, parecíamos ex-amigos esbarrando uns nos outros no corredor da escola, como num filme do John Hughes.
Naquele tempo, Fortaleza era outra, e, admito, eu também. Mas perdemos a inocência, cortamos de vez os laços e, agora, eu e a maioria dos habitantes deste lugar vivemos enjoados e com medo. Pouca coisa restou daquele tempo em que eu e Fortal City quase fomos amigas, mas lembro com carinho da trilha sonora de quando eu era triscável e achava que todo mundo era também.
Às vezes dá saudade.
Às vezes dá saudade.
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