sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Cena Independente #11

Arte: Luiz Rios
A Cena Independente é uma coletânea mensal, inspirada no Music Alliance Pact, que busca apresentar aquilo que há de mais novo e relevante na música nacional através da curadoria de blogs especializados, cada um responsável por um estado brasileiro. A mixtape é organizada pelo FUGA Underground e publicada sempre no último dia de cada mês pelos blogs parceiros. Chegamos na edição #11 com 15 faixas.

O Implosão Sonora é o representante do Ceará. Nessa edição, destacamos a presença d'O Jardim das Horas, uma banda queridinha do nosso coração. 

:)


O Jardim das Horas – Incontrolável
experimental/música boa style/trip-hop
Um dos trios mais legais desse país nasceu debaixo do sol escaldante de Fortaleza e isso me causa muito orgulho. Laya Lopes (voz), Carlos Eduardo Gadelha (guitarra e programação) e Raphael Haluli (baixo) fazem uma misturada linda da malemolência de quem-caminha-no-meio fio-da-linha-do-equador e de um trip-hop que lembra bastante Portishead. Não tem como não se envolver e navegar na voz macia de Laya. Em 2010 lançaram seu primeiro disco “O Quarto das Cinzas”, que já batizou o nome da banda. Assistir um show deles é como entrar numa realidade alternativa, onde tudo caminha mais devagar e transborda desejo. Desejo de continuar, de entrar em combustão, de mergulhar na surpresa.

Para quem gosta de: Portishead, música boa, malemolência, encontros.
Matéria Prima – Paraísos Artificiais
hip hop
Um dos vocalistas do Zimun, banda belo-horizontina que mistura hip hop e jazz, Matéria Prima lançou em 2012 o EP "Material de Estudo", seu primeiro trabalho solo. Resultado das parcerias com diversos produtores, o EP apresenta uma sonoridade contemporânea e urbana, com letras que retratam a vida cotidiana nas cidades e seus desafios.

Para quem gosta de: Zimun, Quinto Andar, Emicida
Fukai – Zion
rock alternativo/surf rock
Formado por remanescentes do Fewell, o Fukai começou suas atividades em junho deste ano com a proposta de fazer um som com forte influência do rock alternativo noventista numa vibe good trip que embale e faça dançar. “Zion”, seu primeiro single, guarda também certa afinidade com o surf rock. A faixa deve entrar no primeiro EP dos caras a ser lançado ainda neste ano. O material foi gravado e mixado por Dante Augusto (Calistoga), que acabou entrando na banda no final do processo.

Para quem gosta de: Incubus e John Frusciante
The Perfect Needle – Look Around
noise/post-punk/shoegaze
Vocais ecoados e obscuros, que remetem ao começo do post-punk, se somam a guitarras barulhentas e cheias de microfonia para dar origem ao som do The Perfect Needle. A banda é, na verdade, o projeto paralelo de Thiago Werlang, um dos membros da boa Looking For Jenny, grupo paulistano que já indicamos na sétima edição da Cena Independente.  Com ótimas referências no gatilho, Thiago aproveita bem os três minutos de seu primeiro registro solo para fazer uma estreia imponente e cheia de potencial.

Para quem gosta de: A Place To Bury Strangers, New Order, The Horrors
grunge/rock
V-Road é uma das mais novas bandas da cena teresinense. Misturando acordes simples a distorções fortes e letras que refletem indiretamente a insatisfação de uma existência humana, a banda acaba de lançar o single “Survive”, gravado no OrangeStudio com participação do guitarrista Renato Rocha do Detonautas Roque Clube sob uma perspectiva “berrante, marcante e excitante”. A faixa foi lançada juntamente com um clip a partir dos registros de estúdio.

Para quem gosta de:
 Nirvana, Pearl Jam, Foo Fighters
Trino – Oposição
death/thrash metal/hardcore
A união do heavy metal extremo ou do hardcore pesado com a temática cristã parece ainda ser vista com certo desgosto, tanto da parte de quem curte umas pancadas na orelha como dos religiosos. Só que num contexto geral Trino protesta contra a própria religião e seu poder de alienação e manipulação, se declarando abertamente antirreligiosa. Esse ano, após uma reformulação no line-up, lançaram o AntiBesta, um disco novo mas com algumas regravações, como Oposição, Sofisma e 666 Corporation.

Para quem gosta de: Sangue Inocente

Mais de Trino no Facebook



GOIÁS:
Alice Ilícita

Mad Matters – Seems Like Crushed Rock
rock'n’roll
Com menos de dois anos a galera da Mad Matters já compartilhou o palco com bandas como Forgotten Boys e Macaco Bong. Fazendo seu rock 'n’ roll que, diga se de passagem, é da melhor qualidade, a galera da Mad Matters já tocou em festivais como Vaca Amarela e Grito Rock, ambos festivais independentes renomados aqui no Goiás. Indico aqui “Seems Like Crushed Rock”, música que faz parte do 1º EP da banda que, por sinal, está disponível para download no TNB dos caras. Então não percam tempo, corram lá e baixem logo. Espero que curtam, o som Mad Matters é "mió que tá teno'. \é/

Para quem gosta de: Hellacopters, Wolfmother e rock 'n roll de qualidade
Poste – Por que diabos
hard rock
Formada por Alexandre Facchini, sua filha Marjorie na guitarra e seu irmão Marcus no baixo, trata-se de um projeto paralelo para reunir a família. Mas tratando-se dos Facchini é sempre garantia de coisa boa. Fica expectativa se em algum almoço de domingo eles decidem transformar o projeto na próxima grande banda vinda do MT.

Para quem gosta de: Hellbenders, Black Drawing Chalks, Macaco Bong


RIO DE JANEIRO:
RockInPress
Los Bifes – Rindo de Mim
bebida/mulheres/rock ‘n' roll
O Rock foi feito especialmente para se divertir e ilustrar noites que você sonhou ter feito e, as vezes, até conseguir realizar ou sobreviver. O Los Bife gosta de musicar esses momentos hilários da noite e, junto com animadíssimos shows, criou as faixas presentes no recém lançado álbum Super Supérfulo, pela Astronauta Discos. O primeiro single do trabalho é a faixa "Rindo de Mim" e seu rock direto e divertido, que já entra como clipe na próxima semana – uma animação criada pelo baterista Guy.

Para quem gosta de: Rock Rocket, Ultrage a Rigor, Raimundos
Som de Camelô – Beleza Rara
rap/ragga/reggae
O Som de Camelô é um projeto dos amigos Felyppe e Toninho Z/S, que juntos mandam um ‘repão’ cheio de influências de ragga e reggae. Música jamaicana é mesmo a praia dos caras e as batidas graves e swingadas dão o tom da pegada deles. A faixa “Beleza Rara” é um dos sons da dupla que manda uma ideia na cara de quem só se preocupa com seu visual, andar na moda e ficar saradão (ou saradona). Uma tiração de onda no melhor estilo nordestino. Se liga aí!

Para quem gosta de: Black Alien, Rosana Bronk's, Sabotage
Massa Grossa – Louca Alucinada
brega/bolero/pop
Despojamento, a principal marca do Massa Grossa, que surgiu como uma ideia de coletânea e se tornou uma banda, lançando a primeira gravação em 2009. Com Pio Lobato (guitarra), Vovô (bateria), Ana Clara (vocal) e Breno Oliveira (baixo), o Massa Grossa apresenta agora a primeira demo do novo repertório, que reúne composições do baterista, com referências de brega dos anos 80, jovem guarda e bolero, e versões de músicas de outros artistas paraenses, sem preconceitos, da música romântica ao rock.

Para quem gosta de: Guitarrada e Jovem Guarda
Dabliu Junior – Atlântida
nova MPB
Depois de seis anos tocando por bares e festivais da capital paranaense com a banda Metaphorica, o curitibano Dabliu Junior acaba de estrear em carreira solo com o álbum “Sobre os ombros de gigantes”. Samba, melancolia e dias nublados dão o toque do disco. Entre os destaques do lançamento está “Atlântida”, uma bela incursão por violões dedilhados e melodiosos em que Dabliu canta sobre a conquista (ou não) dos sonhos. Sobra espaço até para uma referência a Chico Buarque. Entre poetas/cantores como Luiz Felipe Leprevost e Leo Fressato, eis mais um nome para se prestar atenção em Curitiba.

Para quem gosta de: Cícero, Marcelo Jeneci, Rômulo Fróes
Matheus Mota – Pombos Roquenrou
MPB/pop/alternativo
Matheus Mota é um músico e compositor carioca (mas recifense de coração, onde inclusive mora)  de 25 anos, foi um dos nomes entrevistados na primeira revista da Mi Independente e acaba de lançar nesse mês o seu primeiro disco cheio. Com o seu estilo "a paisana" e seguindo uma estrutura melódica bastante interessante, ele consegue condensar toda estranheza em versos lúdicos e sonoridade que com o tempo soa até bem pop e com um tanto de nostalgia. Em “Pombos Roquenrou”, ele cria uma fábula sobre os principais responsáveis pelo provável fim da raça humana, e o mais importante, dos emocores...

Para quem gosta de: Toquinho, Clube da Esquina, Sitio do Pica Pau Amarelo
Glauber Guimarães – Entre um Trago e Outro
folk experimental
Uma das grandes bandas da história do rock baiano, o The Dead Billies, marcou quem viu, ouviu e quem só foi conhecer depois. Dali um parte dos integrantes criou o Retrofoguetes, um foi tocar com Pitty e o vocalista Moskabilly quis esquecer daquilo tudo. Abandonou o codinome e deixou de lado quase tudo que envolvia as festas rockabilly do passado. Adotou outros codinomes, foi morar em São Paulo, voltou pra Bahia e há alguns anos vem travando uma luta a favor da criatividade, procriando sozinho ou acompanhado sequências de eps, singles e gravações. Trabalhos bem diferentes do anterior. Teclas Pretas é um dos projetos, mas é o Glauberovsky Orchestra o mais profícuo, com mais de dez lançamentos e quase 70 músicas gravadas.

Para quem gosta de: Tom Waits, Superfine Dandelion, Beatles
Farol Vermelho - Liberdade
rock'n'roll/classic rock
Farol Vermelho traz o reclame do rock, o sentimento do blues e o amor pela música com uma sonoridade vintage, mesclando composições próprias e releituras de clássicos com arranjos diferenciados.

Para quem gosta de: Mutantes, Cazuza, Cachorro Grande
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ADVERTÊNCIA: Este material não deve ser comercializado. Ele foi produzido com fins estritamente promocionais.

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