Se você for o filho mais novo vai entender. Minhas primeiras memórias musicais são de uma época que nem sei definir ao certo. Talvez eu estivesse com oito anos ou menos, acho que bem menos, na realidade. Tenho um casal de irmãos doze anos mais velhos que eu, mas eles não são gêmeos, só nasceram no mesmo ano. Bom, essa diferença de idades fez com que eu absorvesse um monte de coisas que eles já sabiam e escutavam. Ouvir e, consequentemente, gostar de Pato Fu (que ela fazia parte do fã-clube da banda, na época) e de The Cardigans foi influência da minha irmã. A voz de Nina Persson, que rege o Cardigans, deve me acompanhar desde o sucesso "Lovefool", na década de 1990, onde eu não parava de cantar o refrão grudento, que na época não fazia sentido algum pra mim.
Há uns três anos, mais ou menos, redescobri o Cardigans, sua discografia e a Persson também. Um colega me passou o segundo disco do projeto paralelo de Nina, A Camp. O disco é intitulado de Colonia e está recheado com 12 faixas muito boas. A sonoridade lembra um pouco a da banda oficial da sueca, mas tem sua própria identidade. Isso fica mais claro quando ouvimos em algumas músicas a utilização de instrumentos clássicos (violino, violoncelo, etc), uma percussão simples mas bem encaixada e uma bateria mais calma. "Stronger Than Jesus", "It's Not Easy To Be Human" e "I Signed The Line" são as minhas favoritas de disco, até agora. Vale lembrar que a A Camp é formado também por Niclas Frisk e Nathan Larson, dois grandes músicos.
P.S.: Se não fosse minha irmã, eu não teria descoberto metade das coisas que sei/ouvi/aprendi. Hoje é ela quem vem me pedir dicas musicais/virtuais/tecnológicas. Mesmo assim, obrigada, Anna Karine.
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