E com a palavra... Ronald!

Ronald - nosso leitor mais fiel, mais assíduo e aluno de Ciências Atuariais (pergunte a ele o que é isso, pois nunca lembro) - mandou sua contribuição (espero que a primeira de várias) para o Implosão Sonora. Costumam dizer que quem é da área de Exatas não tem afinidade pelas Letras, e o Ronald se garantiu. Que ironia, não? 

Saca só:

Banda Sea Wolf 

Álbum: White water, White Bloom.

Nesse álbum Alex Brown Church, criador da banda e escritor das letras, faz uma viagem através das estações do ano, cenários lindos, sentimentos, pessoas e personagens muitas vezes comuns em nossas vidas, vidas aliás, que ele lembra por fazer o álbum cheio de sobes e desces. Contando também com um pouco de mitologia. Quanto à sonoridade, a banda faz uma mistura de música erudita com rock, fazendo uso de cello, órgão, violão, mas também usando guitarras elétricas, teclados e uma bateria pulsante. È uma obra de arte musical, que quem gosta de musica, vai adorar conhecer. Mas fica o aviso que tentar achar sentido e lógica nas letras de todas as músicas pode ser prejudicial à saúde.

O álbum começa com um romance meio diferente, com um piano e um cello que logo te mostram ao que a banda veio. É em Dew in the Grass que a sinfonia se torna completa com a entrada das guitarras, fazendo a música lhe envolver em uma excelente sonoridade. Turn The Dirt Over lembra Modern World do Wolf Parade no comecinho, outra banda excelente,a música ,com sua receita de cello e violão mais cadenciados e uma guitarra e piano mais agitadinhos, soa suavemente ouvidos a dentro. O Maria chega sendo a mais dramática e mais agitada do álbum, causa o efeito “air guitar” quando se escuta e é uma das que mais gosto. Minha preferida do álbum é Spirit Horse talvez pelo fato de ser o cello mais bonito, talvez por gostar de me imaginar voando em forma de espírito em um rio numa floresta canadense, aonde maior parte do álbum foi escrito, não sei, com uma melodia linda e um vocal que lhe caiu muito bem ela faz você sair desse mundo por um tempinho. O álbum termina em um ponto mais baixo nos sobes e desces com Winter’s Heir, deixando uma sensação amena e reflexiva ao fim do álbum, enfim espero que curtam.