segunda-feira, 29 de março de 2010

730 dias ao som de The Submarines


Há algum tempo atrás, mais especificamente no dia 8 de junho de 2009, postei uma resenha sobre um dos discos mais especiais de todos os tempos da dupla The Submarines (pra variar), mas acho que não consegui dar os méritos suficientes. Honeysuckle Weeks foi durante muito tempo o álbum mais tocado em meus fones de ouvido, e isso não quer dizer que aprendi de cor todas as letras, porque tenho péssima memória para isso. 
 Jonh e Blake
Bom, voltando ao assunto: há quase um ano estava eu no meio do país, aperreada, com o coração na mão, porém feliz. Um ano de namoro estava sendo completado, eu a quilômetros de distância e as vozes de Jonh Dragonetti e Blake Hazard embalavam minha saudade.

 Márcio e Keka
Não sei se você me entende, mas certas músicas marcam certas épocas. Por exemplo, esse disco me lembra chuvinha, saudade, paixão. Ah, sem esquecer que dá vontade de sair assobiando e cantarolando. Gostaria muito de agradecê-los por fazer um disco assim tão harmônico, já que quase não existem mais discos assim devido aos montes de sintetizadores.

E hoje, há exatamente 365 dias completados daquela viagem, nossos 730 dias de aprendizado, de desejos, de paixão-avassaladora-e-absurda são celebrados, com cara de canção dos Submarines.

Com amor,

Keka.

Mombojó e a Juventude Fortalezense

Duas da manhã na Praça Verde do Dragão do Mar, irreconhecível graças à enorme estrutura, que envolvia todos sob um teto branco, e as cadeiras de plástico espalhadas pelo gramado. O show está uma hora atrasado e já se ouve as palmas do público, pouco em número, mas com espírito de multidão em estádio de futebol. Lá na frente do palco, no meio, se destaca um grupo: jovens que, à primeira vista, não devem ter atingido os 18 anos, com figurinos que se perdem no limbo entre o indie, o emo e um cover do Fresno. De repente eu percebo que estou mesmo tendo crises de velhice prematura e aquela é a Juventude Fortalezense.
 
***
 
Uma palavra sobre Fortaleza: nós somos uma cidade, até certo ponto, sem horizontes (mesmo com esse mar todo). Na verdade, todo mundo que conheço que anda nessa cidade há  uns seis anos ou mais está completamente cansado dela. Três, no máximo quatro, lugares para se ir onde encontramos absolutamente todo mundo. É sério. Uma olhada no mapa e enxergamos a cidade-arquipélago: um punhado de ilhas cool cercado por oceanos de periferias anônimas. Não sei se Fortaleza tem uma “cena”, mas com certeza tem um circuito. Feito aqueles autoramas.

E não tem pra onde fugir, quem faz isso da cidade somos todos nós.
 
***
 
Agora, sobre a Juventude de Fortaleza. Você os reconhece em qualquer lugar: seres sociais (só andam em grupos) e abraçativos, antenados com a haute-culture pop e a nova modinha das pistas. Presos entre rádios ruins, televisão péssima e uma identidade cultural que parece se resumir a falar putaria e dançar forró, esses intrépidos jovens buscam sua identidade e escapatória na antropofagia cultural. Devoram um pouquinho de cada estilo produzido pelo mundo. Estatisticamente, são 50% indies, 50% wannabe, 50% rockers e 50% emotivos. Também são (somos?) adeptos da cultura do quase: quase-cinéfilos (“Juno é o filme da minha vida!”), quase-literatos (“Caio F. toca meu coração!”), quase-melômanos (“Amarante é o melhor guitarrista do Brasil!”).

Assim sendo, podemos dizer que a Juventude Fortalezense é vítima do mesmo mal que matou o punk-rock: cultura de nicho. Afinal, porque fazer seu próprio som, montar suas próprias festas, perfurar seu próprio piercing de mamilo quando a Indústria Cultura está aí pra isso, produzindo música independente, roupas descoladas, cultura underground? Pois é.
 
***
 
Meu Deus, acho que acabei de criar um estereótipo. Que emoção. (#EuTambemSouJornalista)
 
***
 
Voltando para o Mombojó, os caras tiveram ótimos momentos no palco. É o quarto show da banda que assisto em Fortaleza e com certeza foi um dos melhores (perdendo só pro primeiro). Marcelo XXX liberou o botão das distorções e deixou o peso das guitarras encorpar muitas das canções, entre outras pequenas e saudáveis alterações de arranjo, talvez inevitáveis depois de quase 9 anos de estrada. “Casa Caiada”, aliás, única música nova tocada, ganhou uma relevância inédita com uma turbinada rock’n’roll empolgante. China, que cantou duas músicas antes de pegar o bastão com Felipe e mandar uma de seu próprio repertório, foi um auxílio luxuoso que só me deu mais vontade de ver um show solo do cara. A interação com o público foi total, todas as pequenas deixas em canções como “Adelaide” foram apropriadas e cantadas alto pelos presentes, além da participação especial do nosso amigo Dançarino Contemporâneo que, com o aval de Felipe S., coreografou duas canções do show (o que merece um post aparte), até o apoteótico final com levas de fãs subindo ao pequeno palco e terminando a noite com a sempre catártica “Deixe-se acreditar”.

foto: Keka ou Vivi ou Márcio

Na verdade, esse deve ter sido um dos shows mais fáceis da carreira do Mombojó. A banda já subiu no palco com jogo ganho, com direito a coro mais alto que a banda e tudo o mais. E por isso a apresentação foi tão sintomática. O Mombojó, aparentemente, ocupou o lugar que já foi de bandas como Los Hermanos e Teatro Mágico: algo entre o pop e o indie que congrega paixões e obsessões da Juventude Fortalezense. Porque esse Juventude não consome música, mas a devora, digere ao seu modo e a vomita como identidade (dá-lhe Baudrillard).

Claro que isso não é uma coisa necessariamente ruim. É só uma constatação. Entre o experimentalismo da colcha de retalhos rítmica e a veia pop de canções facilmente auto-identificáveis, o Mombojó tornou-se uma das grandes bandas nacionais. E a experiência de assistir uma apresentação dos caras ainda é algo que beira o terapêutico; afinal, quem não vê a si mesmo na letra de “Realismo Convincente” ou sente uma estranha satisfação gritando a plenos pulmões (como em “A Missa”) que “todo mundo vai morrer”? E assim a banda entra naquele estranho limite adolescente onde religião e música se misturam das formas mais extremas. Me pergunto o que isso significa.
 
***
foto: Keka ou Vivi ou Márcio
 
Mas daí veio o final do show. Montes e montes de fãs invadiram o pequeno palco à frente do palco principal e, contrariando os guardas e mesmo o cantor, pularam gritaram, cantaram e quase derrubaram a estrutura toda. De repente (porque não existe outra maneira de sentir uma coisa assim) acho que tudo o que pensei e escrevi até aqui é pura bobeira. Ou não. De qualquer forma, muda a pergunta: será que o problema está  com a Juventude Fortalezense ou com a Velha Guarda?
 
***
O que, você leu até esse ponto esperando alguma conclusão? Então escreve uma, ué, e deixa aí nos comentários.  

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por Márcio Moreira

quarta-feira, 24 de março de 2010

"For No One", por The Submarines

John Dragonetti e Blake Hazard, os queridos do meu coração e integrantes da banda The Submarines, fez um cover da música "For No One", dos rapazes de Liverpool, bem no estilo da dupla para o The Voice Project no início desse mês.


The Submarines » The Beatles from The Voice Project on Vimeo.

Phoenix libera bootleg "Live In Sidney" gratuito



Os queridinhos da banda francesa Phoenix colocaram a disposição para download um bootleg da apresentação feita em Sidney no início desse mês. E, claro, está fenomenal! Ah, dá pra baixar o disco ao vivo no próprio site.

Olha só o setlist:

01. 1901
02. Armistice
03. Fences
04. Girlfriend
05. Lasso
06. Lisztomania
07. Love Like A Sunset
08. Rome

Tá foda, né?

sábado, 20 de março de 2010

Aconteceu em Woodstock, O Filme

Fortaleza incrivelmente choveu, e isso fez com que a maioria de seus habitantes sentissem novamente uma certa empatia por ela. Pelo menos esse foi o meu caso. Quanto mais calor, mais irritada fico. Mas, como os astros cospiraram a favor, hoje estava com cara de cinema. E o filme escolhido foi Aconteceu em Woodstock, baseado nas experiências reais de Elliot Tiber. O enredo do filme pode parecer que só consiste em Tiber tentando tirar o hotel de sua família do fundo do poço, mas vai muito além disso. É claro que o longa trata-se do maior festival de rock de todos os tempos, mas de uma outra perspectiva, a dos bastidores. 


Elliot outrora acreditava que o festival não seria de tamanhas proporções. Mas quando se depara com meio milhão de pessoas em seu quintal, uma outra dimensão é que torna-se real. Não falo das drogas, falo de como o sentimento de liberdade é almejado e reprimido, seja pelo dinheiro, seja em sair da vigilância dos pais. 

Tudo que a gente precisa é disso mesmo: buscar qual é a nossa liberdade, assim como procuramos tantos outras sensações na música.


» Direção: Ang Lee
» Roteiro: Elliot Tiber (romance), Tom Monte (romance), James Schamus (roteiro)
» Gênero: Comédia/Música
» Origem: Estados Unidos
» Duração: 110 minutos

quinta-feira, 18 de março de 2010

Acústicas


Apesar de não ouvir muito esse tipo de versão, acredito que uma canção acústica, despida de toda a produção, carrega algum tipo de essência daquela canção. Por isso, aí vão alguns hits em formato simples, mostrando que a força (ainda) está na música.


Duffy - Mercy



The Asteroids Galaxy Tour - The Sun Ain't Shining No More




Yeah, Yeah, Yeahs - Maps




The Ting Tings - That's Not My Name


 
The XX - Crystalized

Outras leituras

Eu sei, eu sei. às vezes os editores do Implosão Sonora estão muito ocupados, não há posts novos para ler e bate aquela depressão. Mas não se preocupe mais, pois existem outras opções de leitura muito boas nos confins da Internet, de blogs e sites especializados até... revistas! Pois é, essa semana recebemos duas notícias muito boas sobre revistas de música.

A primeira é a volta da Revista Noize, revista brasileira de música alto nível e com um projeto gráfico lindo. E o melhor: de graça.


Outra revista muito boa é a Spin, uma das mais importantes revistas de música e cultura pop e a mais influente dos anos 80-90. Sua influência consolidou tanto o rock alternativo dos EUA quanto o pop inglês no início dos anos 90. Pois é, agora a Spin fechou um acordo com o Google Books e tem seu acervo disponível de graça na internet. Pra vasculhar e descobrir, em inglês.




terça-feira, 16 de março de 2010

"Kids" por kids, literalmente.

Acho muito foda essas crianças prodígios.



Vi lá no Trabalho Sujo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Oito Mãos lança disco de estreia Vejo Cores nas Coisas

Felipe Bier (voz/baixo), Leandro Publio (voz/guitarra), Adhemar Della Torre (bateria) e André Leonardo são os quatro rapazes que integram o Oito Mãos, grupo formado há 5 anos. O disco Vejo Cores nas Coisas foi todo produzido em home studio e trata de problemas tão comuns em nosso cotidiano de uma maneira mais leve e sutil. 


Quer dar uma conferida?

site oficial: www.oitomaos.com 
dowload do disco aqui.

Volume Two em primeira mão

Hoje acordei e tive uma surpresa ótima. A ansiedade foi muita, a insistência foi grande. Mas a vontade em mostrar pra vocês em primeira mão o tão esperado Volume Two da delícia do She & Him foi maior. Como prometido, o disco saiu em nosso início de outono. Espero que fiquem felizes do mesmo jeito que fiquei!


Você pode ouvir aqui.

ou

01. Thieves
02. In the Sun
03. Don't Look Back
04. Ridin' in My Car (NRBQ)
05. Lingering Still
06. Me and You
07. Gonna Get Along Without You Now (Skeeter Davis)
08. Home
09. I'm Gonna Make It Better
10. Sing
11. Over It Over Again
12. Brand New Shoes
13. If You Can't Sleep

****
Dica: Se em sua cidade está chovendo, aproveite que esse disco dá uma preguiciiiiiiinha!

sábado, 13 de março de 2010

Quebrando paradigmas

Aos 20 anos, Vitor Araújo quebra o paradigma de que para tocar música clássica precisa ser necessariamente um erudito. O pianista, nascido em Pernambuco, sobe ao palco de allstar e jeans, toca de Radiohead a Chico Buarque e é muitas vezes comparado ao Jamie Cullum, mesmo dizendo que eles não têm nada em comum além do jazz.

Olha só o que ele fez com "Paranoid Android", do Radiohead:

sexta-feira, 12 de março de 2010

Runaways

Dia 19 de março chega aos cinemas estadunidenses Runaways, cinebiografia da banda punk liderada por Joan Jett, que nasceu na década de 1970, ganhando destaque por ser formada apenas por garotas. Mas o grande apelo do filme, até agora, não é a história do grupo, mas a participação das duas atrizes-de-olho-baixo Kristen Stewart (a Bela, de Crepúsculo) e Dakota Fanning (a menininha de Guerra dos Mundos e Amigo Oculto, agora não mais tão menininha assim). Dakota, conhecida principalmente por seus papéis em blockbusters, encarnou a vocalista Cherie Currie e dispensou ser dublada nas performances musicais. 
Saca só a original:

E a versão dela:
Ela segurou legal o tom e fez coisas ali que vão acabar com minha imagem da molequinha de Taken pra sempre... Mal posso esperar pra ver esse filme!


Vi os vídeos lá no Trabalho Sujo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Novo clipe do She & Him

A duplas mais querida de todos os tempos, She & Him, acaba de lançar o clipe do single "In the Sun" que está no maior clima colegial. A direção do clipe ficou por conta do cineasta  Peyton Reed (do filme "Sim, Senhor!").

E para quem ainda está desinformado, o segundo álbum (Volume Two) da dupla tem previsão para ser lançado no dia 23 de março nos EUA. Fica ligado, que nós já estamos de prontidão.


 Ah, sem esquecer de dizer que a Zoey ficou a cara da Alexis Bledel, da série Gilmore Girls.

A versão mais bonita de "Lisztomania"

Não sei nem o que dizer, mas me arrepiei todinha.

Para saber mais sobre esse coral maravilhoso formado por crianças, clique aqui.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Karina e eu, eu e Karina

Se eu para e ver na sequência todos os trabalhos da Karina Buhr, consigo traçar um mapa de boa parte da minha vida musical. Primeira vez que ouvi a voz de Karina por 2003, 2004. Tinha aí meus quinze anos e estava saindo do mundo do heavy metal e entrando pro Ensino Médio na época, mas nenhuma dessas foi a coisa mais importante que me aconteceu naquele ano: o que me mudou mesmo foi a banda larga. Passava finais de semana inteiro no computador, baixando um disco atrás do outro na lista do finado blog do Som Barato. Desse tempo vieram Mombojó, China, Mundo Livre, Bonsucesso Samba Clube, Comadre Fulozinha e Eddie. Devo ter passado uns quatro anos mergulhado na música pernambucana até o pescoço, já curtindo a maior ressaca de Los Hermanos e descobrindo que Nação Zumbi era mesmo a melhor banda do Brasil.



E no meio de toda essa euforia musical, lá estava ela. Cantando com Isaar, com Fábio Trummer, uma vozinha descompensada e algo percursiva, que parecia se misturar com os tambores e, toda vez que se soltava, envolvia-se num tom de sinceridade vocal que dava gosto. Karina Buhr estava em todos os cantos, em todas as minhas listas: em discos do Mundo Livre, do Erasto Vasconcelos e de todos seus projetos paralelos e principais. Depois, já eu saindo da concha e começando a ouvir outras coisas, encontrei Dj Dolores através de uma regravação do Fellini e... lá estava ela, na Orquestra Santa Massa. Quando saí de casa, começo do ano passado, "Vou voltar andando" da Comadre Fulozinha tocava incessantemente no mp3, me dizendo todo o tempo que estava tudo bem, "a cada pedra no caminho, respira e salta".

E agora me vem esse trabalho solo. "Eu Menti pra Você" é, finalmente, um desafogar no meio de tantas cantoras bossa-cult-com-barulhinhos e traz Karina Buhr com todas aquelas características que a tornaram umas das minhas cantoras favoritas. Suavidade quando se precisa ser suave, força quando se precisa acordar, sinceridade pra se saber gente. Se desdobrando em muitos ritmos apoiada pelos ecos de Guizado, Catatau e Scandurra e não se encaixando em nenhum gênero específico, Karina caba entrando na classificação cearense de "só a massa". Apenas o discurso cotidiano de "Esperança Cansa" e a mordacidade de "Ciranda do Incentivo" já valeriam o disco, mas ainda há pérolas como as poéticas "O Pé" e "Avião Aeroporto". Ouve lá, depois passa aqui que a gente conversa. Agora tô afim de estourar um plástico-bolha.











Francês não é feito só de biquinho

Quem me conhece sabe que sou apaixonada pour la langue française desde muito tempo. A partir disso, comecei a estudá-la. O estranho é que eu nunca me interessei muito em procurar bandas legais que cantassem nesse idoma. Mas você bem sabe que tenho um namorado ótimo que me incentiva em tudo, principalmente em estudar, e catou algumas bandas bem bacanas nesse fim-de-semana.

  na foto: Les Plasticines

Tá a fim de largar o preconceito de que para falar francês é preciso somente fazer biquinho? Pois escuta aí:

01. La Grande Sophie - Le passage obligé
02. Luke - Tout va bien
03. Julien Bensé - Dans Ma Soucoupe (Tété)
04. Noir Désir - Le grand incendie
05. Madamme K - A.S.D
06. Olivia Ruiz - Goûtez-moi
07. Plastiscines - Camera



sexta-feira, 5 de março de 2010

Macacos Árticos em versão acústica

Em uma apresentação na rádio nova-iorquina RXP, os garotos prodígios do Arctic Monkeys fizeram um acústico 'fandárdigo'. O queridinho Alex Turner consegue expressar, mesmo  em tom mais baixo, toda a energia da banda. Aqui você pode conferir as faixas “Cornerstone”, “Fluorescent Adolescent” e “You Only Know”.

Ó aí:



quinta-feira, 4 de março de 2010

Vídeozinho de saudade antes da sesta




Há dias que não vejo o meu amor.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Eu e Marjane

Não sei se você conhece ou já ouviu falar de Marjane Satrapi (autora da série autobiográfica em quadrinhos Persépolis). O fato é que sou muito fã dessa mulher - que enfrentou revoluções por cima de revoluções no seu país e, no final das contas, não abandonou sua essência - e de seus quadrinhos. Marjane também ilustrou, entre outras coisas, a capa e o encarte de Préliminaires, disco do ídolo punk Iggy Pop, que  dublou a voz do tio Anoush para a versão em inglês da animação de Satrapi.   
 
Tudo bem, todo mundo tem sua época podre. 

Aí, tu me pergunta: "O QUE ISSO TEM A VER COM A TEMÁTICA DO BLOG?". Aí, respondo: Tudo, ué. Sempre achei que música tem a finalidade de retratar a realidade através de melodias e de palavras. Em Persépolis - que é também autobiografia -, Marjane esboça seu elo com a música secretamente, já que lá no Irã a entrada de artigos ocidentais era (é) terminantemente proibido. A partir disso, Marjane começa a comprar seus vinis no mercado negro.

Bom, se você nem sequer assistiu à animação não sabe o que está perdendo. Esse livro é está no meu TOP 10 de livros-mais-legais-do-mundo-todo.

terça-feira, 2 de março de 2010

Vídeozinho bacana antes da merenda da tarde

Aproveitando que estou descansando um pouco a cabeça, vê aí meu tão desejado projeto de quando eu era picototinha, mas aí os caras do OK Go desvendaram o mistério de fazer tudo isso antes de mim! HAHAHAHA!

Coletânea de fim-de-semestre 2009.2

Se você, querid@ leitor@, já passou por uma universidade ou ainda está em uma, sabe muito bem o que significa FIM-DE-SEMESTRE - também conhecida como Cão na Terra ou Não-Existência!

Para ilustrar esse momento em que estou - caso você não saiba, estudo numa universidade estadual, que há alguns meses está atrasada das demais devido a uma grande greve que aconteceu há algum tempo - resolvi postar algumas das músicas mais rodadas no mediaplayer daqui de casa.

01. Girls in a coma - "Say"
02. Marina & Diamonds - "Seventeen"
03. Telekinesis - "Coast Of Carolina"
04. Karina Buhr -  "Nassira e Najaf"
05. Wado - "Pavão Macaco"
06. Guster - "New Underground"
07. Mombojó - "Singular"
08. Pete and the Pirates - "Knots"

segunda-feira, 1 de março de 2010

John Williams, seu compositor favorito desde a infância

Como os filmes são caros e demorados de fazer, Hollywood é sempre a última a saber, a mais lenta a reagir e, nessa época, estava pelo menos meia década atrás das outras artes populares. Por isso, um bom tempo se passou até que o odor acre de cannabis e gás lacrimogêneo chegasse até as piscinas de Beverly Hills e a gritaria atingisse os portões dos estúdios. Mas quando o "flower power" bateu no final dos anos 60, bateu com tudo. Enquanto o país ardia, os Hells Angels desfilavam em suas motos pelo Sunset Boulevard e garotas dançavam na rua de peitos de fora ao som da música do The Doors, que emanava dos clubes da Sunset Strip. "Era como se o chão estivesse em chamas e, ao mesmo tempo, tulipas estivessem brotando", recorda Peter Guber, na época estagiário na Columbia e, mais tarde, presidente da Sony Pictures Entertainment. Tudo era uma grande festa. O velho era sempre ruim, o novo era sempre bom. Nada era sagrado; tudo podia ser mudado. Era, na realidade, uma revolução cultural à moda americana.
(COMO A GERAÇÃO SEXO-DROGAS-ROCK'N'ROLL SALVOU HOLLYWOOD", Peter Biskind)


Foi nesse contexto que surgiu o chamado "cinema de diretores" da década de 70. A Era de Ouro do cinema já se esgotara a muito, filmes para toda a família não atraíam mais os pais que mandavam seus filhos ao Vietnã e as bilheterias caíam vertiginosamente. Assim, Hollywood não teve escolha senão ir além do que os antigos executivos ousavam ir e decidiram abrir as portas para toda uma geração de novos autores, alguns rerém-saídos da faculdade.


Daí saíram diretores como Martin Scorcese, Francis Ford Coppola, Brian De Palma e os inventores do blockbuster moderno, Steven Spielberg e George Lucas. O resto é história: os sucessos de bilheteria capitaneados pela nova geração (cujo ápice foi Star Wars,  produção de 9,5 milhões de dólares e faturamento de 100 milhões em apenas três meses) ajudou a reerguer os grandes estúdios, popularizando conceitos como "filmes de verão", "merchandising" e formatando a indústria atual de cinema.


Porém, um dos participantes fundamentais dessa revolução, pouco citado, nunca esteve atrás das câmeras, mas, sem ele, filmes como Star Wars, Indiana Jones e principalmente Tubarão seriam uma sombra do que são hoje em nossa memória. John Towner Williams compôs a trilha sonora de praticamente todos os filmes de Steven Spielberg, além de ter trabalhado com Lucas, De Palma e muitos outros diretores.





Reza a lenda que George Lucas queria, de início, usar música clássica na trilha de Star Wars, inspirado na Odisséis de Kubrick. Mas, sinceramente, o que seria de Star Wars sem essa canção?





Partindo principalmente de refrões simples e arranjos que evoluem em orquestra, John Williams firmou seu nome como um dos maiores compositores da história do cinema.





De fato, Williams teve seu talento reconhecido na forma de 45 indicações ao Oscar, das quais venceu cinco. Apenas Walt Disney teve mais indicações.





Também foi premiado com 4 Globos de Ouro, 7 BAFTA e 21 Grammys.

 
Apesar de conhecido por suas composições em estilo clássico (gênero no qual tem uma sólida carreira de músico), Williams também compôs muitos temas de Jazz no início dos anos 60  e trilhas sonoras mais leves como Esqueceram de Mim.



  


Além das trilhas citadas no post, Williams também compôs as trilhas de Amistad, Sete anos no Tibet, O Patriota, Stargate, O Resgate do Soldado Ryan, entre outras.




Tenho certeza que, se puxar da memória, todos nós temos quatro ou cinco temas desse mestre engatilhados para o assobio. Se não consegue lembrar, tente este, uma das melhores introduções já compostas.

Saiu o primeiro single do novo disco de Kate Nash

Em meio a tantas reviravoltas sonoras, como já foi dito, Kate Nash continua a produzir seu Crayon Full of Collor, que está previsto para o dia 20 de abril. “Do Wah Doo” - o primeiro single - foi lançado e nos dá a impressão de que esse álbum não vai ser nada monótono.

Escuta aí:

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